Encontro dos 25 Anos.

A VI Turma de Agronomia de Dourados completa 30 anos de formatura.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Obtuário

Eduardo Rojo Flores, o Coureiro, boliviano de Santa Cruz de la Sierra. Veio estudar no Brasil por meio do Convênio que nosso país mantêm com a Bolívia. Isso inicialmente se constituiu numa dificuldade para o Eduardo, que tinha desde do início do curso muita vocação política, mas tinha impedimento para atuar no movimento estudantil na época da ditadura. Ficou na lembrança, entre vários fatos, um acontecimento que teve ao abordar umas "meninas" na rua Joaquim Teixeira Alves, logo ele constatou que havia um probleminha. Com grande vocação musical, tocava violão e cantava em inglês, espanhol e português, chegando a compor uma música para participar do Festival Agrocanção, realizado em Curitiba durante o CONEA. Foi quando ele pronunciou a seguinte frase: “as fronteiras só existem nas cabeças das pessoas mas não no coração”. Ele fazia um grande esforço para se tornar bem brasileiro, inclusive se auto corrigindo constantemente em seu sotaque.
Nilo Sérgio Nogueira, o Negão, de Araçatuba, mesmo não tenho se formado conosco, participou ativamente de muitos acontecimentos da VI Turma. Muito confiante e simpático cativava facilmente as pessoas, especialmente as mulheres. Gostava de animais, dando-lhes nomes engraçados: tibraca, uma gatinha, bundinha e porrinha, duas cadelas. Ele tinha um grande coração, tirava a roupa do corpo para doar a uma pessoa que necessitava.

José Carlos Biscola, o Bibi, de Álvares Machado, perto de Presidente Prudente, e de Bernardes certamente um dos mais estudiosos da turma, tendo morado durante todo o tempo da faculdade no Hotel Toyo. Durante o curso fez uma cirurgia de apêndice, mas se recuperou rapidamente. Tinha facilidade tanto com a teoria como também com as práticas rurais, o que fazia dele um tirador de dúvidas da turma. Era apaixonado por fruticultura. Ele queria voltar para Machado para viver de fruticultura no sitio de seu pai.  Biscola era o único que conseguia consumir uma caneta Bic até o final, no seu estojinho sempre tinha uma para emprestar aos colegas.

Valdeci de Souza Dias, o Chaninha, apelido que ele não gostava. O apelido veio dos veteranos quando ele pediu para ser apelidado de gatinho,  então de sacanagem ficou chaninha. Vindo do Paraná transferido de outra escola, muito tranquilo logo conquistou amizades.  Um colega nosso atribuiu-lhe a seguinte frase: "vou embora dessa cidade, aqui não tem sexo". De fato, ele trancou a matrícula por um ano, depois voltou e continuou o curso com a nossa turma.

3 comentários:

  1. Eu morei uns tempos com o Eduardo Coreiro, muito gente boa, a gente. Realmente um cara muito gente boa! Lembro que seus pais enviavam dolares para ele embrulhados em jornal!! e ele sabia fazer um bife na chapa dos melhores(quando tinha bife).

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  2. Gente,
    tenho um fato interessante pra relembrar do Corero e do Faca. Acho que vou contar por etapas... logicamente, vai depender das reações do M.Faca.....Há muito tempo atrás, numas vielas da Joaquim Teixeira Alves, quando a lua já era vista...dois amigos caminhavam juntos....continua no próximo capítulo. bjs, Camila

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  3. João Bosco diz: Quem lembra dos seus amigos não só tem estória para contar como perpetua a sua eternidade.
    Falando sério e o dia, não sei se era a marvada, que eu queimei a camisa do Biscola na avenida marcelino Pires. Demorou para ele entender aquele ato e me perdoar, porque pagar a camisa dele, não tinha jeito não. R$ aonde? e o valor sentimental da camisa para o Biscola?
    Vou falar uma coisa para vocês se pudesse voltar no tempo...humm!!! Queimaria de novo, só para ver a confusão.

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